O activismo estético feminista de Nikki Craft
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2010000300008Resumo
Uma das condições para que na sociedade sejam alicerçados valores de género misóginos consiste na existência de uma estrutura de produção cultural heterossexual compulsiva, dominante e universalista que estabeleça princípios de representação dos sexos claramente diferenciados, que tendam a favorecer mais o homem em detrimento da mulher. Partimos de um princípio de que a produção da cultura origina processos de reprodução, o que significa, em termos práticos, que a representação de signos, códigos, valores e comportamentos associados aos sexos é potencialmente materializada nas sociedades, por homens e por mulheres. Essa tem sido uma batalha levada a cabo por muitas mulheres a partir da segunda vaga do movimento feminista, nomeadamente pela ala mais radical, que tem procurado reivindicar novos paradigmas no que diz respeito às convenções culturais de género. O que propomos neste estudo é analisar algumas das campanhas levadas a cabo por Nikki Craft, uma feminista radical norte-americana que viria a organizar e/ou a protagonizar nos anos 1970 e 1980 vários protestos em espaços públicos de algumas cidades dos Estados Unidos. Neste estudo procuramos clarificar as motivações e as estratégias levadas a cabo por essa feminista, cujos activismos incidiram contra algumas das estruturas culturais (campo da arte, instituições da beleza e indústria pornográfica) legitimadoras de representações desencadeadoras de prejuízos para a mulher.
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