“Minha mãe ficou amarga”: expectativas de performances de maternidade negociadas na fala-em-interação
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-026X2012000100009Palavras-chave:
Fala-em-interação, Linguagem, Identidades, Gênero, MaternidadeResumo
A concepção de identidade pós-estruturalista, em uma perspectiva etnometodológica, trouxe profundas mudanças na maneira como se estabelecem as relações entre gênero e linguagem. Gênero passa a ser entendido como uma construção social que precisa ser (re)negociada a cada nova interação e, por não existir fora do discurso, não tem um status fixo e estável. Para entender como as identidades de gênero são interacionalmente negociadas, e aqui especificamente os aspectos relacionados à maternidade, apresento a importância da Análise da Conversa, através da análise qualitativa de interações naturalísticas entre uma psicóloga e candidatos/as à vasectomia e à laqueadura, em um posto de saúde do SUS, na região Sul do Brasil. O que mostro, através da análise de três excertos, é que pequenas fissuras nas performances de maternidade fazem colidir a noção de uma maternidade estável, o que nos dá uma ideia prática do conceito de agentividade.
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