Lembrar em Aruega: esquecimento, silêncio e história

Autores

  • Arnaldo José Zangelmi Universidade Federal de Ouro Preto
  • Fabrício Roberto Costa Oliveira Universidade Federal de Ouro Preto
  • Izabella Fátima Oliveira de Sales Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2008v42n1-2p139

Resumo

O objetivo deste artigo é trazer à tona algumas reflexões sobre o conceito de memória, principalmente no que se refere aos fenômenos de esquecimento, silêncio e historicização, e situar essas discussões em relação ao processo vivido pelo assentamento Aruega (Novo Cruzeiro, Minas Gerais). Esse assentamento é fruto da primeira ocupação de terra do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Minas Gerais, ocorrida em 1988. Aruega passou por uma intensa trajetória de mobilização, enfrentamento e, posteriormente, pela tentativa de integrar-se aos valores locais, situações que influenciaram fortemente a constituição da identidade e memória do grupo. Constituiu-se, assim, uma tendência social focada nas práticas e ideologia do MST, que se direcionou para a constituição de uma identidade de sujeito e, por outro lado, desenvolveu-se também uma identidade vulnerável ao estigma e à pressão social, que salienta a dor e a busca pela harmonia e inclusão no novo contexto cultural regional.

Biografia do Autor

Arnaldo José Zangelmi, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutorando do Programa de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e professor substituto na área de História e Ciências Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto.

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Publicado

2008-05-17

Edição

Seção

Artigos