Representações sociais do alcoolismo construídas por não-alcoolistas

Autores

  • Luiz Gustavo Silva Souza Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Polo de Campos dos Goytacazes.
  • Maria Cristina Smith Menandro Doutora em Psicologia, professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo
  • Zeidi Araújo Trindade Doutora em Psicologia, professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2015v49n1p49

Resumo

A compreensão das crenças sobre o “alcoolismo” pode ser importante para a implantação de políticas e práticas de saúde. Esta pesquisa investigou as representações sociais do alcoolismo construídas por não-alcoolistas brasileiros. Cinquenta adultos participaram deste estudo, 27 mulheres e 23 homens. Eles responderam a entrevistas semiestruturadas que abordaram crenças sobre o alcoolismo, atribuição causal, possíveis tratamentos e o alcoolista que não quer se tratar. Os dados foram analisados com análise de conteúdo temática. Os participantes representaram o alcoolismo como doença e vício, resultado de uma fraqueza inerente ao alcoolista, causado principalmente por problemas psicológicos. Sugeriram que a “força de vontade”, os Alcoólicos Anônimos e a internação são as principais formas de tratamento. As representações do alcoolismo ancoraram em noções sobre moralidade e fracasso individual. A lógica da redução de danos parece não estar incorporada à cultura brasileira apesar de ser diretriz oficial para o cuidado em saúde.

Biografia do Autor

Luiz Gustavo Silva Souza, Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Polo de Campos dos Goytacazes.

Doutor em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo; professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Polo de Campos dos Goytacazes; professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo.

Maria Cristina Smith Menandro, Doutora em Psicologia, professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em Psicologia, professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo

Zeidi Araújo Trindade, Doutora em Psicologia, professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo

Doutora em Psicologia, professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo

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Publicado

2015-07-01

Edição

Seção

Artigos