A genealogia da ética como método de análise de subjetivações e práticas de si mesmo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2019.e66190Resumo
Esta reflexão aprofunda-se no contexto dos estudos e análises desenvolvidos por Michel Foucault na primeira metade dos anos 1980, por ele denominado “genealogia da ética”, o qual é também o contexto da sua História da Sexualidade. Essa genealogia traça a história descontínua de uma tecnologia de si que se forma no Ocidente desde a cultura grega antiga, em suas diferentes experiências éticas, apontando rupturas e transformações neste conjunto díspar de práticas ao longo da história. Tal história crítica dessas práticas e relações que o sujeito estabelece consigo mesmo é correlativa de uma genealogia do sujeito moral em nossa cultura, ao dar visibilidade a uma rica diversidade de elaborações, trabalhos e estetizações operados pelo sujeito sobre si mesmo no esforço de constituir-se como sujeito moral. Para tanto, a genealogia da ética aplica um olhar e uma perspectiva singulares, desenvolvendo suas próprias problematizações e estratégias metodológicas em relação aos estudos anteriores do autor.Referências
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