Reconhecimento em Paul Ricoeur: da identificação ao reconhecimento mútuo

Autores

  • Élsio José Corá Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Cláudio Reichert do Reichert do UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2011v45n2p407

Resumo

A intenção de Ricoeur (1913-2005) na obra Percurso do Reconhecimento é estabelecer o debate acerca do conceito de reconhecimento, visando constituir um percurso de passagem do reconhecimento como (a) noção epistemológica enquanto identificação, (b) passando pelo o reconhecimento enquanto capacidade antropológica de reconhecimento de si para, finalmente, chegar ao (c) reconhecimento como noção política. Entre os três níveis de reconhecimento supracitados será analisado no decorrer do texto, sobretudo, o aspecto que caracteriza a negação do reconhecimento na filosofia de Hobbes, na qual o indivíduo não é reconhecido pelo o que é, mas segundo os objetivos de sobrevivência. No entendimento de Ricoeur a realidade do estado de natureza (medo, insegurança e desconfiança) descrita na teoria política hobbesiana retarda toda a compreensão relacional do reconhecimento. O presente trabalho aponta que na intenção de estabelecer um reconhecimento mútuo, Ricoeur assinala para um reconhecimento cerimonial pelo dom, marcado pelo relacionamento intersubjetivo.

Biografia do Autor

Élsio José Corá, Universidade Federal da Fronteira Sul

Possui Graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestrado em Filosofia pela UFSM. Doutorado pela PUCRS, com estágio de doutorado na Università degli Studi di Napoli Federico II. Docente da Universidade Federal da Fronteira Sul.

Mais informações no Currículo Lattes.

Cláudio Reichert do Reichert do, UFSC

Graduado em Filosofia Licenciatura Plena e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente é Doutorando em Filosofia - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2012-07-11

Edição

Seção

Artigos