O Conceito de Morte para o homem mesopotâmico na Epopeia de Gilgamesh
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2014v48n1p108Abstract
A Epopeia de Gilgamesh precede em muito as epopeias homéricas, e ostenta a cátedra de texto literário mais antigo já encontrado pela humanidade. Narra as aventuras de Gilgamesh, um famoso rei de Uruk (Mesopotâmia), sobre a sua demanda em busca da imortalidade, acompanhado pelo seu amigo Enkidu. Revela que existe uma conceção de ética política ligada ao poder real (de rei prepotente e arrogante transforma-se em rei justo, indo ao encontro dos anseios dos deuses), e interliga vários conceitos, como a amizade, a opressão, o medo, o arrependimento, a traição, o amor, o sentimento de vingança, a amizade, etc. No entanto, é o conceito de morte que mais sobressaí neste épico, e o medo de esquecimento após a morte. Este artigo tem como objeto identificar nesta epopeia as passagens conectadas com a morte e refletir sobre o que as motiva. Veremos que a morte é uma constante em todo o poema, o que acontece porque os Mesopotâmios receavam o oculto.
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