Participação democrática: o diálogo entre os modelos agonístico de Mouffe e representativo de Urbinati

Autores

  • Vera Fátima Gasparetto Universidade Federal de Santa Catarina
  • Karin Cristina Caneparo Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n2p328

Resumo

O presente artigo propõe reflexões teóricas resultantes de debates acerca das categorias democracia e política, alavancados pelo pensamento de duas autoras da contemporaneidade: Nadia Urbinati e sua atualização do debate sobre representação e advocacy, e Chantal Mouffe e sua reflexão-manifesto sobre o Modelo Agonístico de Democracia. O objetivo é verificar as possibilidades que essas autoras trazem para debater a democracia, colocada como a grande questão da política contemporânea. A introdução contextualiza o tema historicamente de forma breve com o aporte de alguns pensadores clássicos da teoria política. No tópico dois são apresentados os pensamentos de cada uma das autoras, procurando descrever as diferenças teóricas, assim como as convergências analíticas. Na conclusão utiliza-se dos conceitos das autoras para refletir o modelo democrático participativo no Brasil, previsto na Constituição de 1988, e suas perspectivas para o avanço da cidadania e sua presença da esfera pública na atualidade.

Biografia do Autor

Vera Fátima Gasparetto, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando no Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH). Mestre em Sociologia Política - UFSC, Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNISINOS - RS.

Karin Cristina Caneparo, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestre em Sociologia Política - PPGSP-UFSC

Referências

ARISTÓTELES. Política. Trad. Mário da Gama Cmy. 3. ed. Brasília: EDUNB, 1997.

BOBIO, Norberto. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

CONSTANT, Benjamin. Da Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos. Revista Filosofia Política; n. 2, 1985. Disponível em: <http://caosmose.net/candido/ unisinos/textos/benjamin.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2016.

DAHL, Robert. Um prefácio à teoria democrática. Rio de Janeiro: Zahar, 1989.

ELEIÇÕES. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleicoes-2012>. Acesso em: 19 ago. 2016.

HABERMAS, Jürgen. Reconciliation Through the Public Use of Reason: Remarks on John Rawls. Political Liberalism. The Journal of Philosophy, Columbia, v. XXCII, n. 3, Mar. 1995.

HANNAH, Arendt, On Revolution. Londres: Penguin Books, 1963.

JACCOUD, Luciana (organizadora.). Cap. 8 - Políticas Sociais no Brasil: Participação, Conselhos e Parcerias. In: Questão social e políticas sociais no brasil contemporâneo. Ed. IPEA, Brasília, 2005.

MILL, John Stuart. Considerations on representative government. The Project Gutenberg EBook, 2013. Disponível em: <http://www.gutenberg.org/files/5669/5669-h/5669-h.htm>. Acesso em: 15 ago. 2016.

MILL, John Stuart. Rationalé of Representation. In the Collected Woerks, vol. 18. Essays Politics and Society, p. 22-23, 1835.

MOUFE, Chantal. Por um modelo agonístico de democracia. Revista de Sociologia e Política. n. 25, p. 11-23, 2005.

PHILLIPS, Anne. The Politics of Presence. Oxford, Clarendon Press, 1995.

RAWLS, John. A Theory of Justice. Cambridge, Mass: Harvard University, 1971.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. São Paulo, Martins Fontes, 1989.

SARTORI, G. A teoria da democracia revisitada. São Paulo: Ática, 1994 (volume 1).

________, G. A teoria da democracia revisitada. São Paulo: Ática, 1994 (volume 2).

URBINATI, Nadia. Representação como advocacy: um estudo sobre deliberação democrática. Política & Sociedade, v. 9, n. 16, 2010.

WEBER, Max. Parlamentarismo e governo numa Alemanha reconstruída: uma contribuição à crítica política do funcionalismo e da política partidária. In: Os pensadores. Tradução de Maurício Tragtenberg. São Paulo: Abril, p. 01-85, 1980.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Philosophical Investigations. Oxford: Blackwell, 1958.

Downloads

Publicado

2017-12-22

Edição

Seção

Artigos