Escola e migração: o que dizem as professoras?
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xAbstract
Esta pesquisa preocupou-se em investigar as representações sociais dos professores sobre a escolocalizada no espaço rural. Delimitou-se como problemática a necessidade de discutir a formação docente para atuação em um contexto onde de uma lado a cidade envia sinais de esgotamento sobre suas possibilidades de receber migrantes. Por outro a política agrária e agrícola exclui a agricultura familiar e a tecnologia limita a absorção de assalariados nas empresas agropecuárias. Como situar a escola neste dilema? O olhar teórico foi direcionado na perspectiva. conceitual e metodológica das representações sociais elaborada por Serge Moscovici. Entrevistamos 113 professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, que trabalham em 40 (quarenta) escolas localizadas em 13 (treze) municípios, distribuidos por dez mesorregiões administrativas do estado de Minas Gerais. Quando comparados com estudos anteriores (décadas de 50, 70 e 80) os dados indicam uma elevação significativa na escolaridade, salários e condições de trabalho. Para a maioria das entrevistadas (90%) a escola deve ser um espaço para ensinar o caminho da cidade. Para 4% a escola deve ensinar o aluno o "amor" pelo campo. O meio rural não aparece como conteúdo para cerca de 6% das entrevistadas. Estes dados apontam para representações sociais que podem estar orientando e sendo orientadas por condutas escolares que contribuem para uma desvalorização do espaço rural enquanto espaço simbólico e material de existência para as populações mais pobres.Downloads
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