Subjetividade, linguagem e inserção social: examinando processos de sujeitos surdos

Autores

  • Maria Cecilia Rafael de Góes Universidade Metodista de Piracicaba-ummEp/sp

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Este trabalho aborda relações entre processos dialógicos e construção da subjetividade, focalizando a situação de sujeitos surdos e aspectos das práticas sociais que afetam suas experiências no contexto educacional. Buscando explorar indícios dos significados que a criança surda elabora sobre si mesma, em seus encontros com ouvintes e com outros surdos, foi realizado um estudo de caso em que se analisa o lugar de interlocutor que ela ocupa, e que lhe 6 permitido ocupar, nas interações em sala de aula, nos ambientes de ensino regular e especial. 0 estudo envolveu dois sujeitos pré-escolares, em fase de aquisição da Lingua Brasileira de Sinais e da Lingua Portuguesa. As análises sugerem que eles tendem a significar 'ser surdo' como 'ser incapaz', numa equivalência que se deve, em grande parte, a um processo lentificado de constituição como interlocutor em sinais e de identificação com modelos da comunidade surda; tais condições decorrem dos modos pelos quais osprojetos socio-educacionais tem negligenciado as peculiaridades lingüísticas e culturais dos surdos.

Biografia do Autor

Maria Cecilia Rafael de Góes, Universidade Metodista de Piracicaba-ummEp/sp

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1969), mestrado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1975), doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1979) e livre-docência pela Universidade Estadual de Campinas (1996). Atualmente é orientador colaborador junto ao PPGE da Universidade Metodista de Piracicaba. Trabalha na área de Educação, com ênfase em Psicologia Educacional, atuando também nas seguintes sub-áreas: psicologia do desenvolvimento humano, ensino-aprendizagem, educação especial. Certificado pelo autor em 20/03/10

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Publicado

1999-01-01