Reflexos de processos e simbolos do imaginário étnico em Moçambique

Autores

  • Maria Antónia Rocha de Fonseca Lopes Professora da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane — Maputo/Moçambique

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Em meio a tensões e desajustes provocados pela aplicação formal de modelos econômicos e empresariais ocidentais em Moçambique, os conhecimentos da tradição oral baseada nas diferentes culturas étnicas e aparentemente "submersas" durante um certo período, emergem e impõem -se no desempenho dos diferentes atores organizacionais, por meio de processos e símbolos do imaginário étnico moçambicano. Hoje, por todo o pais, não obstante as diferenças étnicas observa-se, no desempenho dos dirigentes, nos processos, nos rituais decisórios, nos simbolos de poder e de "status", a existência de uma certa convergência de traços e atitudes que traduzem uma certa homogeneidade. Ao longo da última década crescem as práticas de rituais dos ciclos de vida,sobretudo os rituais para com antepassados,
talvez como forma de preencher as omissões da guerra. As privatiza- ções das empresas implicaram numa apropriação, pelas elites étnicas, das bases econômicas de sustentabilidade futura da "economia de afeição". A paz com o sobrenatural, o universo mdgico permeado de ambigüidades, justapõem-se A. economia dual presente junto aos negociadores do FMI, implicando predicados especiais de flexibilidade dos dirigentes, na coexistência entre dois mundos com exigências quase antagônicas.

Biografia do Autor

Maria Antónia Rocha de Fonseca Lopes, Professora da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane — Maputo/Moçambique

Professora da Faculdade de Economia da Universidade
Eduardo Mondlane — Maputo/Moçambique

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Publicado

1999-01-01

Edição

Seção

Artigos