Leitura: da tabuleta de argila a tela dos computadores
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2012v8n2p53Resumo
Esta reflexão teórica é fruto da pesquisa “Leitura na Tela” que teve como objetivo investigar o modo de leitura nas telas dos computadores que têm acontecido em escolas da rede estadual pública. A leitura na tela tem instigado diversos pesquisadores a refletir sobre suas especificidades, como Chartier que observa que “a cultura do texto eletrônico seja (é) forçosamente um mundo de telas”. Weissberg, por sua vez, acredita que a tela não é mais superfície de projeção ou de recepção, mas é órgão de visão, tornando as imagens sintéticas, com que convivemos, em uma nova escrita e uma nova leitura. Nesta leitura privada, autônoma e protagonista do texto na tela, o leitor pode ser o autor, o editor, o distribuidor de textos escritos por ele e por outro. A linguagem hipermídia, segundo Santaella, se caracteriza por: hibridização de linguagens (sons, imagens fixas/movimento, textos, códigos, signos); organização dos fluxos informacionais em arquiteturas hipertextuais; possui um cartograma navegacional e uma linguagem interativa, o que garante a imersão dos leitores. Santaella identifica três tipos de leitores: o contemplativo, o movente e o imersivo e três tipos de usuários da Internet: o novato, o leigo e o experto. Além de conhecer, descrever, analisar e interpretar o modo como professores e estudantes da Educação Básica lêem na tela, brevemente apresentados aqui, a equipe do estudo também investe na formação dos professores para o uso pedagógico das novas mídias.
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