O poema como um diagrama aberto: a poesia gráfico-digital de André Vallias

Autores

  • Maíra Borges Wiese Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-9288.2013v9n1p150

Resumo

O poeta André Vallias configura-se como um dos nomes pioneiros da poesia digital. Em 1991, foi curador, juntamente com Friedrich Block, da “Primeira Mostra Internacional de Poesia Digital”, a P0es1s, e publicou poemas multimídias e hipermídias em sites e antologias nacionais e internacionais. Em um artigo intitulado “Nous n’avons pas compris Descartes”, Vallias define uma concepção de poema que guiará a sua primeira série de poemas digitais – poemas gráficos, poemas-diagramas –, e retomada nas suas produções multimídia e hipermídia subsequentes. Trata-se da visão do poema como um “diagrama aberto”, um poema que se constrói a partir de uma interrelação de códigos, liberto da predominância do signo verbal, dotados de intermidialidade. Este artigo propõe uma interpretação de três poemas desta primeira série, desenvolvidos através do software de desenho AutoCAD e posteriormente remediados para a interface da Web. As interpretações visam, em primeiro lugar, iluminar alguns dos possíveis sentidos desenvolvidos pelos poemas; e, em segundo, apontar a relação que os poemas estabelecem, por suas características, com aspectos da poética digital como um todo.

Biografia do Autor

Maíra Borges Wiese, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal.

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal da Paraíba, com habilitação em Línguas e Literaturas de Língua Portuguesa e Inglesa, e mestrado rm "Estudos Literários e Culturais" pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Tem como interesse principal pesquisas relacionadas à literatura eletrônica dos séculos XX e XXI.

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Publicado

2013-07-01

Edição

Seção

Dossiê Temático