Poesia: a "máquina de guerra" do pensamento

Autores

  • Paulo Petronilio Correia Universidade de Brasilia/Faculdade de Planaltina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-9288.2013v9n1p68

Resumo

Propõe-se este artigo articular a relação de Gilles Deleuze com a Linguagem e a Diferença para, a partir daí, estabelecer as principais zonas de vizinhanças e indiscernibilidades com o pensamento esquizo-revolucionário de Deleuze-Guattari e a poesia. Pensar a poesia e a Filosofia da Diferença em trânsito significa estabelecer um fecundo diálogo com a linguagem gaga de Gilles Deleuze. Escrever sobre o pensamento deleuzeano envolve uma certa dança diante da política da subjetivação, da criação e da reinvenção da vida. Implica em cartografar sua experiência literária com Marcel Proust e a natureza do Signo.  A máquina literária é gaga na medida em que arrasta o pensamento para fora dos sulcos costumeiros da linguagem e a faz da literatura um delírio. A experiência com a Linguagem literária se dá nessa gagueira desenfreada que faz de cada escritor-poeta um estrangeiro de sua própria língua. A gagueira, desse modo, é o charme da escritura e do devir-escritor. Sem charme não há vida e não há, certamente, a Diferença. O charme da Diferença é a poesia em trânsito com o pensamento e com a linguagem.

Biografia do Autor

Paulo Petronilio Correia, Universidade de Brasilia/Faculdade de Planaltina

Graduado em Letras pela PUC/GO. Graduado em Filosofia pela UFSC. Mestre em literatura pela UFSC. Mestre em Eduicação pela UFSC. Doutor em Educação pela UFRGS. Autor dos livros: Poéticas do Imaginário/ Gilles Deleuze e as Dobras do sertão e "Pedagogia trágica: um pensar humano, demasiado humano na Educação". Professor Ajunto de Filosofia da Universidade de Brasília

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Publicado

2013-07-11

Edição

Seção

Dossiê Temático