Poesia e Tecnologia: apontamentos sobre a criação de sentido para o homem na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2018v14n1p26Resumo
Ensaiamos aqui a aproximação de três autores para mostrar que a convivência da poesia com a tecnologia pode ser uma chave de compreensão acerca do homem contemporâneo. Octavio Paz ofereceu duas intuições: 1) a poesia é um tempo-espaço de contradição do homem com o mundo e 2) temos de descortinar os signos em volta para não deixarmos de elaborar imagens para o tempo vivido e para o tempo por-ser-vivido. De Merleau-Ponty interessa-nos a noção de tempo como matriz de sentidos, onde o vivido e o por-ser-vivido ressignificam-se a todo novo fenômeno. De Giorgio Agamben assumimos a noção de ser contemporâneo; para o filósofo italiano, este se revela na percepção e desestabilização dos limites do dispositivo do tempo através de esgarçamentos dialéticos. O estudioso que nos permiti articular essa aproximação é o professor e filósofo norte americano Don Ihde. Leitor de Merleau-Ponty, ele elaborou uma fenomenologia da tecnologia. Nosso intuito com este texto é colocar a poesia no centro dessa fenomenologia que não mais faz do que tentar compreender algo no comportamento do homem contemporâneo.
Referências
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