Sobre "fim da arte", "percepção digital" e vagalumes
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2018v14n1p40Resumo
Teorias sobre o fim da arte, reflexões sobre as metamorfoses da percepção e uma figura poético-literária articulam-se com o objetivo de propor alguns olhares sobre arte e percepção na contemporaneidade. Mortes e permanências, apocalipses e sobrevivências constroem a dialética deste trabalho. Dividido em três partes, como sugere seu título, toma-se como denominador comum teórico o pensamento de Walter Benjamin, expresso em seu conhecido texto sobre a reprodutibilidade técnica. Os vagalumes surgem, entre incertezas e desconfortos, como metáfora – trazida por Pier Pasolini e retomada por Georges Didi-Huberman – de uma certa força vital/sexual criadora, para uns persistente e transformadora, para outros peremptoriamente extintas. Entre posturas extremas, toda uma gama de constatações, expectativas e prognósticos sobre arte e percepção.
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