Caminhando com Valentim (Rizoma, Pandemia e possibilidades)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-9288.2020v16n1p20

Resumo

Rizoma nos ajudar a refletir sobre a configuração moderna do conhecimento; como ela nos sufoca porque invalida qualquer expressão que não adira às suas normas; como em certos momentos fica evidente para nós a necessidade de validar outros mecanismos de construção de conhecimento, o que não significa um negacionismo. Este último é justamente a recusa à controvérsia (aversão à dinâmica, fluxo, instabilidade) e a opção pelo uno (fixar algo para que não possa ser questionado). A pandemia torna concretas certas falas que antes poderiam parecer distantes, abstratas, como metáforas inalcançadas. Por esse motivo, pensar o rizoma em tempos de pandemia nos ajuda a fortalecer as nossas vontades de expressão pelo fora, pelos escapes.

Biografia do Autor

Isabel Cafezeiro, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal Fluminense (1992), mestrado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1994), doutorado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2000) e pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da UFRJ. É Professora Titular do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense, professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia, da UFRJ. Atua na área de Ciência da Computação, com ênfase em Lógicas e Semântica de Programas, focando principalmente nos seguintes temas: linguagens de programação e especificação formal de sistemas. Atua na área de Sistemas de Informação focando principalmente nos seguintes temas: Computação e Sociedade e Abordagens Sociotécnicas em Sistemas de Informação. Atua na área de Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia, focando principalmente a História da Computabilidade e investigações sobre o trabalho acadêmico. Atua em ensino de graduação na Universidade Federal Fluminense desde 1994 e coordena projetos de extensão desde 2005. Participou do processo de concepção e implantação do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Federal Fluminense, do qual foi vice-coordenadora por seis anos. É sócia fundadora e membro do comitê consultor da Associação Brasileira de Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia (ESOCITE.BR). É sócia das seguintes entidades: Associação Nacional de História (ANPUH), Sociedade Brasileira de História das Ciências (SBHC), International Association for Computing And Philosophy (IACAP), Computability in Europe(CiE), Sociedade Brasileira de Computação(SBC).

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2020-07-31

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Artigos