Eu me inscrevi no canal do YouTube de uma garota desaparecida e você não vai acreditar no que eu decobri
um estudo sobre Alternate Reality Games
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2024.e98683Palavras-chave:
Alternate Reality Games, Mundos possívels, Cultura de convergênciaResumo
Alternate Reality Games – comumente abreviados como ARGs – surgiram na primeira década do século XXI. A principal característica desses jogos é sua intenção de se apresentarem como histórias reais, negando que qualquer aspecto de suas narrativas seja ficcional. Dessa forma, a eficácia deste gênero com frequência depende da habilidade da narrativa de disfarçar os limites entre ficção e realidade. Em vista dessas observações, este artigo busca identificar as ferramentas utilizadas pelos ARGs para criar histórias que simulem a realidade; a análise busca compreender como a simulação de realidade nos ARGs engaja comunidades em diversas plataformas de redes sociais, por vezes até avançado para fora do espaço virtual. Para realizar tal investigação, esse estudo descreve características comuns do gênero, brevemente revisando a história de ARGs como descrita por Garcia and Niemeyer (2016). Como apoio teórico para compreender como os jogos simulam a realidade, os estudos de McLane’s (2007) e Aufderheide’s (2007) sobre as convenções do gênero documentário são mencionadas. Um ARG iniciado em 2018 chamado “AshVlogs/i-know-where-she-is” é analisado para exemplificar algumas características do gênero estudado, aprofundando a discussão sobre as possibilidades de textos como ARGs de criarem intersecções entre ficção e realidade.
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