Sentenças interrogativas totais neutras e não-neutras no falar florianopolitano

Autores

  • Vanessa Gonzaga Nunes UFS - Universidade Federal de Sergipe
  • Eva Christina Orzechowski Dias UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2014v15n2p140

Resumo

Este artigo trata de enunciados interrogativos totais (resposta sim/não) neutros e não-neutros produzidos por falantes naturais de Florianópolis. As interrogativas totais neutras são aquelas em que falante desconhece a resposta do emissor, já as não-neutras oscilam no eixo das emoções. Os parâmetros analisados foram a duração e a frequência fundamental (F0) das vogais tônicas das regiões pré-nuclear e nuclear das sentenças. Os dados aqui apresentados totalizam 162 produções de dois informantes, sendo um homem e uma mulher com idades de 30 e 45 anos. O corpus utilizado trata-se de sentenças extraídas de três textos interpretados pelos informantes segundo seus contextos semântico-pragmáticos. Em relação à duração, pudemos apurar que a taxa de elocução dos florianopolitanos analisados apresenta em media 8,5 sílabas por segundo, o que representa uma velocidade de fala superior à apresentada pela literatura. No que diz respeito à F0, tanto pré-núcleo quanto núcleo parecem trazer pistas de distinção entre neutras e não-neutras, com destaque para o comportamento entre movimento intrassilábico de F0 das vogais tônicas da região nuclear. Observa-se que, a partir do ponto medial da vogal tônica desta região, há um movimento de descida para as neutras e um movimento de subida para não-neutras. Os testes estatísticos demonstraram que tais diferenças são significativamente relevantes. 

Biografia do Autor

Vanessa Gonzaga Nunes, UFS - Universidade Federal de Sergipe

Professora do Departamento de Letras Estrangeiras (DLES) da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Eva Christina Orzechowski Dias, UFSC

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina, estagiária da Universitat de Barcelona através de bolsa sanduíche da CAPES

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Publicado

2014-12-31

Edição

Seção

Artigos