Constituição subjetiva e materialidades vocais: quando as palavras falham

Autores

  • Luciana Iost Vinhas Universidade Federal de Pelotas
  • Liliane de Souza Castro Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2016v17n2p34

Resumo

A partir da análise da fala de uma apenada em regime de privação de liberdade na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, objetivamos refletir sobre a relação entre maternidade e cárcere a partir do aparato teórico da Análise de Discurso de linha francesa. Observamos como, na materialidade significante, ocorre o atravessamento da estrutura carcerária na fala da apenada, atentando especialmente para as repetições de palavras, compreendidas como um excesso intradiscursivo (Ernst, 2009), o qual remete ao funcionamento da relação entre inconsciente e ideologia. Consideramos que o excesso aponta para algo do Real que não consegue ganhar corpo no Simbólico, sendo possível teorizar sobre os efeitos do Aparelho Repressivo de Estado na forma como a apenada se subjetiva.

Biografia do Autor

Luciana Iost Vinhas, Universidade Federal de Pelotas

Professora de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Pelotas; Doutora em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Liliane de Souza Castro, Universidade Federal do Rio Grande

Graduanda em Letras-Português/Espanhol da Universidade Federal do Rio Grande.

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Publicado

2016-10-08