Ressilabificação do rótico e fronteiras prosódicas no sul do Brasil

Autores

  • Carolina Ribeiro Serra Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Mário Gomes Alves Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2019v20n1p47

Resumo

Este artigo focaliza o processo variável de ressilabificação do [r], em contexto de coda silábica externa, diante de vogal em palavra subsequente (calo[r, ?, ¨, h] infernal ~ calo[Ø] infernal ~ calo[R]infernal), e sua relação com as fronteiras dos constituintes prosódicos, no português falado na região Sul do Brasil. São utilizadas amostras de fala de 12 indivíduos nascidos em Curitiba (4), Florianópolis (4) e em Porto Alegre (4), estratificadas por sexo – masculino e feminino e idade – 18 a 30 anos e 50 a 65 anos, todos com nível superior. O aporte teórico-metodológico adotado é o da Sociolinguística quantitativa e o da Teoria da Hierarquia Prosódica. Foram contabilizados 1136 dados contendo o rótico no contexto em questão, 159 em não verbos e 977, em verbos. A análise variacionista, de forma geral, apontou 1) a classe morfológica do vocábulo – não verbos, 2) a dimensão do vocábulo que contém o R – uma sílaba, 3) a qualidade das vogais dos núcleos silábicos – [+rec], e 4) o tipo de fronteira prosódica – palavra prosódica – como variáveis favorecedoras da regra de ressilabificação do rótico.

Biografia do Autor

Carolina Ribeiro Serra, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora associada I da área de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mário Gomes Alves, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduando em Letras - Português e Inglês pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

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Publicado

2019-09-03