A ordem do sujeito em construções monoargumentais: confirmando diagnósticos

Autores

  • Fabrícia Silva Universidade Federal de Santa Catarina
  • Fernanda Lima Jardim Miara Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2014v15n2p103

Resumo

A ordem do sujeito no português do Brasil – doravante PB – está diretamente vinculada à transitividade verbal, uma vez que a questão da posposição do sujeito ao verbo se mostra associada a restrições sintático-semânticas e, principalmente, ao tipo de verbo em questão: o monoargumental. Muitos estudos, dos quais podemos citar Berlinck (1989) e Coelho (1999, 2000, 2006), já mostraram que construções com verbos monoargumentais no PB, em especial os inacusativos existenciais, são um dos fatores favoráveis à ocorrência da ordem verbo-sujeito (VS). Esta pesquisa tem como objetivo observar, por meio de um estudo quantitativo, quais condicionadores – linguísticos e/ou extralinguísticos – favorecem a ordem VS em sentenças, sob uma perspectiva variacionista da língua (cf. LABOV, 2008 [1972]), somada ao gerativismo. O corpus deste trabalho é composto por oito entrevistas do Banco VARSUL, de informantes de dois bairros não urbanos da cidade de Florianópolis – SC. Os resultados aqui apresentados corroboram outros estudos: a ordem VS constitui-se, na maioria dos casos, de verbos inacusativos existenciais, sem marca de concordância, sendo formada por sujeitos do tipo SN, que tanto podem ser agente ou tema, aceitando traços [±animados].

Biografia do Autor

Fabrícia Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Licenciada no Curso de Letras Língua Portuguesa e Literatura Vernáculas (UFSC) - Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística - Sociolinguística - Variação e Dialetologia (UFSC).

Fernanda Lima Jardim Miara, Universidade Federal de Santa Catarina

Licenciada no Curso de Letras Língua Portuguesa e Literatura Vernáculas (UFSC) - Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Linguística - Sociolinguística - Variação e Dialetologia (UFSC).

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Publicado

2014-12-31

Edição

Seção

Artigos