Como se chama um rio pequeno, estreito, de uns dois metros de largura no interior paulista?
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e78008Palavras-chave:
Geolinguística, Atlas linguístico, Descrição, Variação semântico-lexicalResumo
Este artigo é um recorte da tese de doutorado Atlas linguístico pluridimensional do português paulista (FIGUEIREDO JR., 2019). Nomeadamente, ele aborda a variação lexical documentada no interior paulista como resposta à pergunta “Como se chama um rio pequeno, estreito, de uns dois metros de largura?”. A rede de pontos é constituída pelos municípios de Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, São Roque, Sorocaba, Itu, Porto Feliz, Tietê, Capivari e Piracicaba, integrantes da região do Médio Tietê, considerada berço da cultura caipira (GARCIA, 2011; PAZETTI, 2014). Com aporte teórico-metodológico da Dialetologia Pluridimensional (RADTKE; THUN, 1996; THUN, 2000, 2005, entre outros), 13 covariantes lexicais foram coletadas de 80 informantes. Dessas formas, as mais frequentes e relevantes estão cartografadas e quantitativamente tratadas em correlação com variáveis diatópica, diastrática, diagenérica e diageracional. Um conjunto de conclusões é apresentado, entre as quais a de que Santana de Parnaíba é o ponto mais conservador da rede de pontos, dividido alternadamente entre o uso do grupo covariante <córrego>/<corgo> e o uso da covariante <riacho>, e, inversamente, a de que Tietê é o ponto mais inovador, dividido simultaneamente entre o uso do grupo covariante <córrego>/<corgo>, o uso da covariante <riacho> e o uso da covariante <ribeirão>.
Referências
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