A construção social da corrupção
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumo
Este artigo tem por objetivo demonstrar a importância das construções sociais no julgamento da corrupção. A literatura recente, de enfoque econômico, negligencia estas construções e acaba subdeterminando os resultados da corrupção. A maneira como os incentivos são arranjados, por exemplo, e o significado que tomam para os atores dependem em grande parte de aspectos sociais, culturais e históricos. De fato, apenas considerando- se estes aspectos é que se podem definir com maior precisão vários dos elementos envolvidos na corrupção, como suborno, extorsão, desfalque, indivíduos corruptos, deveres públicos, integridade, etc. E é também em função destes aspectos que a ação corrupta pode ser “neutralizada”, ou seja, justificada de modo a não constituir uma violação. Este artigo esboça alguns debates sociológicos sobre corrupção, analisando trocas entre díades, e entre indivíduos e organizações, o papel do status social relativo na corrupção, relações patrão-cliente, corrupção particularizada, conflitos de interesses e o papel da ideologia.Downloads
Publicado
2006-12-01
Edição
Seção
Artigos
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados em Política & Sociedade, periódico vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC, passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.