Perto de casa, longe da avenida: representação poética das escolas nos sambas de meio-de-ano
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2011n11p11Resumo
A história das escolas de samba tem sido escrita geralmente com referência ao carnaval, investigando a organização institucional das agremiações, os desfiles e sua preparação, a poética dos sambas-enredo. Em outra via de abordagem, proponho investigar uma face mais íntima dessas entidades, buscando os sentidos que elas assumem para os respectivos artistas e comunidades fora do âmbito competitivo e monumental do carnaval. O corpus principal consiste numa centena de sambas de meio-de-ano que tematizam central ou lateralmente as duas escolas portadoras da mais antiga tradição: Portela e Mangueira. Procuro identificar comparativamente as redes metafóricas e simbólicas, os modos e motivos discursivos que constroem a auto-imagem das escolas e das comunidades nelas incorporadas. O que a análise ilumina então não é a face triunfalista oferecida ao público na avenida e na televisão, mas uma fisionomia familiar estruturada por signos de coesão psicosocial da comunidade e projetada no espelho poético-musical do samba.Downloads
Publicado
2011-01-01
Edição
Seção
Artigos
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