A escrita como jogo: desafios e contraintes na literatura do Oulipo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n13p119Resumo
Na França da década de 60, o grupo Ouvroir de Littérature Potentielle (Oulipo), sob presidência de Raymond Queneau, propôs uma nova forma de ver a Literatura, profundamente influenciada pela Matemática. Para os autores desse grupo, o texto literário, como um jogo, deveria ser produzido na condição de um desafio, materializado sob uma restrição formal, por eles chamada de contrainte. Tais restrições, em alguma medida semelhantes às tradicionais formas fixas da literatura ocidental, potencializariam, porém, essas regras clássicas em restrições muito mais radicais, a fim de tornar o ato da escrita uma verdadeira partida de tabuleiro, em que as palavras, como peças, teriam regras de movimentação, associação e posicionamento muito claras. O presente artigo tem por fim analisar essa aproximação entre Literatura e desafio formal nos jogos oulipianos, apresentando, para tanto, as principais contraintes concebidas pelo grupo e alguns dos textos resultantes dessas lúdicas restrições.
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