O desejo em jogo: uma abordagem a El juguete rabioso de Roberto Arlt
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n13p17Resumo
O presente artigo pretende pôr “em jogo” alguns aspectos do texto El juguete rabioso (1926) de Roberto Arlt que desmontariam alguns tecidos críticos urdidos em torno dele: o “fracasso” na vida e na literatura. O intuito de pôr em questão essa “arquitetura da falha” parte de que o texto, em particular, não recebe pacificamente essa determinação. Intuímos que pensar em termos de fracasso seria funcionar a obra num sentido de anormalidade, como a desafinação de um instrumento que é preciso calibrar, a frustração de um projeto diagramado para o sucesso. Encontramos, por outra parte, que a armação crítica estaria sustentada na percepção do elemento “desejo” como uma falta a ser consumada, embora seja possível pensar o devir de Astier como o prazer de jogar um jogo sem procurar finalmente coisa alguma. Destas comoções surgem várias questões, entre elas: que aconteceria com a instalação de um desejo que a própria sedução destruiria mais tarde, aliás, para arrastar a confirmação de uma prática lúdica até as últimas consequências?
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