O jogo da e com a língua em Hilda Hilst

Autores

  • Nilze Maria de Azeredo Reguera USP - Universidade de São Paulo e UNILAGO - União das Faculdades dos Grandes Lagos

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n13p59

Resumo

Investiga-se em que medida com Hilda Hilst, em Fluxo-floema, destaca-se um tipo de texto que dialoga com o projeto literário moderno, o processo de sua tessitura e o contexto de sua produção, oferecendo ao leitor uma forma paradoxal de contato com a língua, entendida como “sistema de comunicação” e “órgão do corpo”. Lançados originalmente em 1970, os cinco textos da obra dinamizariam com maior ou menor ênfase um tateio com esses elementos, promovendo, a partir de então, um acirrado redimensionamento falacioso e/ou irônico dos mesmos. É assim que em “Floema”, objeto desta investigação, o jogo da e com a língua enredaria um contato sedutor e erótico com a materialidade, corpo e palavra, e, também, com a divindade, o criador, e na ambivalência do gozo transitaria entre o jorro vocabular infinito e o silêncio, reiterando formas de resistência e de violência.

Biografia do Autor

Nilze Maria de Azeredo Reguera, USP - Universidade de São Paulo e UNILAGO - União das Faculdades dos Grandes Lagos

Possui graduação em Licenciatura em Letras (Português e Inglês), Mestrado em Letras (Teoria da Literatura) e Doutorado em Letras (Literaturas em Língua Portuguesa) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, câmpus de Sao José do Rio Preto. Tem experiência no curso de Letras, atuando principalmente nas áreas de Literatura (Teoria Literária e Literatura Brasileira) e de Língua Portuguesa. Dedica-se ao estudo de textos publicados a partir da segunda metade do século XX, como os de Clarice Lispector e os de Hilda Hilst. É pós-doutoranda na área de Literatura Brasileira, no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da Universidade de São Paulo, sob supervisão da Profa. Dra. Eliane Robert Moraes.

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Publicado

2012-02-28

Edição

Seção

arte dos jogos