As vidas paralelas de O filho eterno e do Espírito da prosa de Cristovão Tezza
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n14p173Resumo
Neste trabalho, ao perscrutar a reiteração dos acontecimentos em Ofilho eterno, de 2007, e O espírito da prosa: uma autobiografia literária,publicado em 2012, ambos do escritor Cristovão Tezza, reflete-se sobre atensão entre realidade e representação e também sobre a noção de verdadeque sempre acompanham a “contenda” autobiográfica. O fato de um tersido considerado um romance autobiográfico e o outro denominar-se umaautobiografia literária possibilita uma leitura comparativa entre eles especificandoa questão do nome próprio – e mesmo da posição do eu – como oque engendram a difícil delimitação dos gêneros ditos autobiográficos. Pararealizar esta leitura, firma-se nas reflexões de Jacques Derrida acerca dos traçosautobiográficos, utilizando-se, porém, da imagem de Roland Barthes, aoreferir-se a Marcel Proust, de que “não é a vida que informa a obra, é a obraque irradia, explode na vida”.
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