Duas epígrafes e uma breve reflexão sobre o valor biográfico
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n14p23Resumo
O texto propõe intervir no debate em torno da relevância do valorbiográfico na leitura da literatura contemporânea. Longe do paradigma daautonomia do literário, a partir do qual Roland Barthes enunciava a “mortedo autor”, a circulação cada vez maior da ideia de pós-autonomia abre a possibilidadede ler conjuntamente o texto e seu exterior, ou seja, a “realidade”ou “a própria vida”. Por outro lado, pode-se argumentar, como faz BernardoCarvalho, que essa excessiva atenção ao autor (quase uma santificação) levaà “morte da obra”. Como fazer uma leitura do sujeito da escrita que nãoredunde em narcisismo e espetacularização? Alguns poemas de Carlito Azevendosão o ponto de partida para pensar o autor como uma “sobrevivência”ou uma figura intermitente, no sentido que esse conceito tem para Didi--Huberman em A sobrevivência dos vagalumes, re-significando o biográficocomo espaço de abertura e encontro com o outro.
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