Rastros, vida-escrita, El escritor y el otro de Carlos Liscano
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2012n14p75Resumo
Este texto pretende propor uma reflexão a partir de como no livro El escritor y el otro, de Carlos Liscano, vida e escrita se buscam, e aspiram dar relevância a reflexões próprias do labor literário. Pensar na prática literária de composição da ficção, que não se isenta de sua impregnação pelo empírico, ao mesmo tempo em que não se nega como imaginário. Pensar como uma possível forma de autografar a complexidade da realidade e da invenção, no que têm de contaminações mútuas, converte-se num trato da vida, com abertura às suas infinitas possibilidades, pulsantes, dinâmicas. Por um lado El escritor y el otro reflete sobre a complexidade da voz de quem conta, a desconfiança com respeito a uma fonte. Por outro, percebemos características da escritura contemporânea, transgressora das próprias regras, que se posiciona distante da preocupação de ser a mera expressão de algo. A vida do escritor e o gesto do narrador Liscano, ao encenarem o trabalho com a escritura, operam duplo aspecto de um jogo, qual seja o refletir aspectos da vida exterior à escritura na ação do uso do significante, ao tempo que se volta para si mesma.
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