Escuta e responsabilidade na relação com o outro em tradução
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2013n15p13Resumo
Muito há que se diga sobre o que deve uma tradução. E, tradicionalmente, tais deveres da tradução fundam-se na ideia de um dizer de novo, de um dizer pelo outro, de um dizer que faz às vezes de outro dizer. Impõe-se, a partir daí, uma noção de responsabilidade organizada centralmente em torno do dito do outro. Todavia, o estado da arte do pensamento contemporâneo não nos permite reduzir o outro apenas à esfera do dito, na medida em que não se pode ignorar a irredutibilidade de seus silêncios constitutivos. Nesse sentido, como pensar, hoje, a responsabilidade implicada na dimensão prática e ética dos fazeres e deveres que fundam o estatuto ontológico da tradução? Tomando por base uma leitura da noção lévinassiana de responsabilidade para o outro e de reverberações em especial na obra de Paul Celan, Jacques Derrida e Jean-Luc Nancy, este trabalho se propõe a apontar algumas implicações da noção lévinassiana de responsabilidade para a leitura e para a crítica de tradução.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados na outra travessia passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.
Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.