Escuta e responsabilidade na relação com o outro em tradução

Autores

  • Mauricio Mendonça Cardozo UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2013n15p13

Resumo

Muito há que se diga sobre o que deve uma tradução. E, tradicionalmente, tais deveres da tradução fundam-se na ideia de um dizer de novo, de um dizer pelo outro, de um dizer que faz às vezes de outro dizer. Impõe-se, a partir daí, uma noção de responsabilidade organizada centralmente em torno do dito do outro. Todavia, o estado da arte do pensamento contemporâneo não nos permite reduzir o outro apenas à esfera do dito, na medida em que não se pode ignorar a irredutibilidade de seus silêncios constitutivos. Nesse sentido, como pensar, hoje, a responsabilidade implicada na dimensão prática e ética dos fazeres e deveres que fundam o estatuto ontológico da tradução? Tomando por base uma leitura da noção lévinassiana de responsabilidade para o outro e de reverberações em especial na obra de Paul Celan, Jacques Derrida e Jean-Luc Nancy, este trabalho se propõe a apontar algumas implicações da noção lévinassiana de responsabilidade para a leitura e para a crítica de tradução.

Biografia do Autor

Mauricio Mendonça Cardozo, UFSC

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Publicado

2013-10-03

Edição

Seção

A Voz, o outro