Sanar a Inteligência: Contestações ensaísticas de Ernesto Palacio e Victoria Ocampo a José Ortega y Gasset
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2014n17p129Resumo
Em seu primeiro livro, Meditaciones del Quijote, de 1914, Ortega y Gasset relaciona o pensar ensaístico a uma salvação, algo que se desdobra em seus textos subsequentes em conceitos como nueva salud e nueva sensibilidad. Este artigo evidencia como essa metáfora metalinguística vai ser discutida na Argentina no ensaio En el país del arte deshumanizado, de Ernesto Palacio, de 1928, bem como em Contestación a um epílogo de Ortega y Gasset, de Victoria Ocampo, publicado em 1931. Essas duas contestações semelhantes, porém de autores distintos, terão em comum o fato de considerar que essa nova saúde não se dá por uma nova maneira de se relacionar com o sensível, como queria o filósofo espanhol, senão enquanto esforço de sanar a inteligência. Entretanto, esses ensaios que respondem a Ortega não chegam a evitar que sua principal força esteja justamente nas imagens que manifestam, de modo que, paradoxalmente, opõem, à nueva sensibilidad, novas sensações.
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