Pensar o neutro e seu silêncio: esta radicalidade em potência
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2015n18p161Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o conceito ou arquiconceito de neutro a partir de Roland Barthes e Maurice Blanchot. Que figura indecidível é essa que corta e divide a escritura? Se pensarmos nessa fuga tácita dos binômios, nessa escritura branca como uma figura lisa, que consegue se deslizar [correr pelo rio da linguagem] pelo fechamento existente em masculino e feminino, podemos conceber o neutro, acima de tudo, como uma possibilidade política de ética do in-visível e do in-au-dito. E se a literatura tende para o silêncio, segundo Blanchot, é porque ela mesma se movimenta na direção dos seus limites. Esse limite, esse neutro, é a terceira margem, é a borda de um estranho limbo, o entre-lugar que chamamos de escritura.
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