Dilemas da arte colaborativa: nomadismos, nivelamento relacional e coletividades
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2015n19p121Resumo
O objetivo central do artigo é abordar algumas questões relacionadas ao fazer artístico que possui a colaboração como parte fundamental de sua constituição, incidindo em mudanças nos papéis do artista e do público. Para o artista, é necessário que outras competências sejam exercidas, para além de sua criatividade e expressividade. Na verdade, seu fazer poético é ampliado na medida em que há um desenvolvimento na escuta das coletividades em que busca se envolver e neste movimento nômade em se desterritorializar. Por outro lado, os agrupamentos coletivos não podem ser tratados como corpos homogêneos e agentes passivos da ação do artista, mas sim coletividades complexas, mutáveis e desejantes, em busca de suas próprias linhas de existência. O encontro entre artista e público acontece neste movimento por uma autonomização das singularidades, que se dá nos dois sentidos, sem que se perca a capacidade de contaminação e porosidade ao outro. O texto abordará sucintamente a experiência de arte colaborativa realizada com o projeto “Ondas Radiofônicas”, desenvolvido no Museu da Maré, na cidade do Rio de Janeiro.
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