Ipsum é! Istud é! Sobre o desafio de refletir sobre a fotografia na atualidade. Uma perspectiva dialógica de Roland Barthes à fundamentação contemporânea

Autores

  • Teresa Lenzi FURG

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2016n21p157

Resumo

O texto parte do princípio de que as práticas fotográficas contemporâneas

se encontram hoje influenciadas e contaminadas pela estética e pelos valores
propagados pelos meios de comunicação de massas e pelas instituições socioculturais.
A partir desta premissa propõe pensar as práticas fotográficas atuais a
partir dos condicionamentos conceituais emanados pelas instituições culturais,
estéticas, artísticas, mercantis, ideológicas que hoje são determinantes sobre os
sistemas de pensamentos e valores dos diferentes grupos humanos.
A reflexão tem como substrato os fundamentos já históricos que nos
foram oferecidos por Roland Barthes sobre a codificação da fotografia, especialmente
nas obras O óbvio e o obtuso e A Câmara clara, e que tem subsidiado
o pensamento de incontáveis pensadores dessa área no decorrer da história,
inclusive a tese proposta por Simon Watney de que as estruturas institucionais
socioculturais constituem obstáculos para o deslizamento do ‘fotográfico’ em
direção à sua pluralidade e diversidade. Esta base foi complementada e comparada
a de outros pensadores de orientação alternativa, como é o caso dos
coletivos sociais Luther Blisset e Sonia Brunzels que propõem uma ‘Guerrilha
da comunicação’ – como recurso de resistência a homogeneização sociocultural
– a partir das orientações e teses lingüísticas propugnadas também por
Roland Barthes. Para a constituição dessa estrutura argumentativa o texto dialoga
ainda com a obra de fotógrafos contemporâneos.

Biografia do Autor

Teresa Lenzi, FURG

FURG- Instituto de Letras e Artes

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Publicado

2016-01-11