Tédio na leitura de Beckett
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2016n22p193Resumo
Ao deslocar a questão da monstruosidade do domínio da temática parao domínio da estética voltada para a relação de fruição, este artigo debruça-se
sobre o tédio enquanto uma componente do efeito da leitura. Descrito por
Baudelaire como um “monstro delicado”, o tédio, de fato, revela um forte
potencial de tolher a configuração da forma. Frequentemente comparado à
névoa, à poeira e à lama, fenômenos muito diferentes da tradicional hibridação
formal associada à noção de monstruosidade, o tédio remete à informidade.
Ele se deixa experimentar na leitura de narrativas de Beckett por meio de um
ritmo que não culmina, impedindo a formação de representações, e suscitando
uma reação ambivalente de repulsa e de atração.
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Publicado
2016-08-18
Edição
Seção
Artigos
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