Entre os corpos das ruínas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2016n22p223Resumo
A escrita de Boris Pahor está impregnada pelas marcas da catástrofe.Mais de uma língua deixa passar corpos famintos, maltratados, feridos, usados,
abusados, gaseados, queimados, violentados, esquartejados; corpos humanos,
animais, vegetais, inclusive anticorpos, doenças, vírus, que não deixaram de ser
transpassados pela guerra. Esse transbordamento do sofrimento, da exposição
e da experimentação dos corpos vibra a carne viva entre os signos do testemunho,
e se mostra como uma das monstruosidades mais terríveis cometidas
na história. Nesse sentido, tenta-se questionar o controle sobre o corpo que
se encontra no cerne das práticas do regime nazifascista, assim como essa articulação
entre domínio e luta, que não tem deixado de emitir signos e fissuras
entre a literatura e o pensamento nos diferentes âmbitos da cotidianidade.
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Publicado
2016-08-18
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Seção
Artigos
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