A paráfrase
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2016n22p91Resumo
Em novembro de 2015, em seu primeiro número, a revista Conséquence se dirige a alguns filósofos para submeter-lhes um instigante e difícil questionamento a propósito de sua forma de escrever, mais especificamente, a respeito das relações de determinações mútuas entre seus estilos e seus métodos, seus objetos de especulação e suas exigências éticas e existenciais. Nesse contexto, trazemos aqui a contribuição de Jacques Rancière. Obviamente a consequência imediata não poderia ser outra que a de trazer à luz um texto no qual a singularidade dá a tônica. Com efeito, nesse curto texto Rancière volta-se sobre seu próprio trabalho e fornece valiosas informações sobre sua escrita e de como ela se relaciona com uma forma particular de estar no mundo, de conceber e fazer comunidade. Delineando um universo no qual pensar e escrever se indiferenciam, e onde A noite dos proletários (1981) e Aisthesis (2011) são mencionados, Rancière discute como toma parte na circulação da escrita, que para ele se configura enquanto espaço de anonimato e igualdade aberto a potencialidades capazes de engendrar e pôr em movimento o novo. Aqui a escrita deixa de ser meio de expressão para se tornar ela mesma trabalho do pensamento e elemento determinante de seus desdobramentos, dos possíveis percursos entre o visível, o dizível e o pensável.
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