Experiência como mercado: rastro e aura na obra de Marina Abramovi?
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2017n24p127Resumo
A arte da performance surge, como tal, no entrecruzar das décadas de 60 e 70 do século XX no âmbito de um movimento que buscava romper e transgredir o sistema artístico mercantil vigente, propondo uma arte efêmera que não pudesse ser vendida. Aproximadamente 30 anos depois, a artista sérvia Marina Abramovi? cunha o termo reperformance, prática que consiste na reapresentação daquele tipo de trabalho, seja pelo próprio autor da obra, ou por outros artistas. No entanto, tal prática vem acompanhada de regras e de um método, que devem ser observados e seguidos pelos artistas interessados em “reperformar”. Neste artigo pretendo refletir sobre as relações que emergem entre as noções de aura, elaborada pelo filósofo alemão Walter Benjamin, e reperformance, esta última pensada paralelamente a um jogo entre a presença física e a ausência do artista que criou a primeira versão da obra reapresentada. A noção benjaminiana de rastro, que remete ao ausente que é tornado presente, será usada para embasar a suposição de que Abramovi? transpôs a aura de suas obras para seu nome, para sua assinatura.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados na outra travessia passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.
Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.