“arte Rorschach”
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2015n19p81Resumo
Em torno do significante informalismo, nos anos 50 e início dos 60, parece haver se formado uma espécie de comunidade contingente de artistas. Não se tratava de uma escola, nem de um grupo coeso, com orientações nítidas e características plásticas bem definidas. Seu apelo como movimento internacional, contudo, foi dos mais marcantes, nos grandes centros, incluindo nessa cartografia Buenos Aires, Rio de Janeiro e, certamente, São Paulo. Críticos como Mário Pedrosa e Ferreira Gullar reagem à consagração no país dessa “tendência romântica”, internacionalista e subjetivista (uma “arte Rorschach”, afirmam, marcada pelo niilismo europeu do pós-guerra), valorando, por outro lado, a legitimidade, no Brasil progressista, da abstração geométrica e dos princípios formais do concretismo. Entre os argentinos, se Romero Brest busca abrir espaço, Eduardo Baliari, Ernesto Schóo e, mais tarde, León Ferrari mostram-se cautelosos com relação ao informalismo e sua pluralidade expressiva, mobilizadora de forças tão heterogêneas quanto as caligrafias chinesa e japonesa, o automatismo surrealista, o espiritualismo Zen e os impulsos da “anti-arte” dadaísta.
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