Normalidade, projeção e alteridade em O filho eterno, de Cristovão Tezza e Nascer duas vezes, de Giuseppe Pontiggia
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2019.e72968Resumo
Este artigo se deterá sobre o diálogo entre O filho eterno, de Cristovão Tezza, e Nascer duas vezes, de Giuseppe Pontiggia, que se aproximam por discutir os impactos da ideia de norma, de desvio de padrão e também por mapear projeções presentes nas relações. Ao longo da análise, será mostrado como os dois romances desencadeiam, a partir da representação de um relacionamento com um portador de deficiência, uma reflexão sobre os limites e alcances da alteridade.
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