As manifestações de empatia entre humanos e n˜åo-humano em Androides sonham com ovelhas elétricas? (1968) de Philip K. Dick

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2019.e73327

Resumo

Estudos transumanistas e pós-humanistas apresentam o aprimoramento corpo humano como um meio de garantir mais autonomia aos indivíduos, no entanto, quanto mais envolvimento e aprimoramento dos corpos, mais robóticos os humanos passam a ser. Obras distópicas apontam para um fenômeno de distanciamento entre os humanos e exclusão dos mais fracos e/ou diferentes de uma aparência física e comportamento padrão. Em contrapartida, observa-se robôs humanoides com aprimoramento de vida artificial que procura mostrar um comportamento humano em corpos robóticos. Neste trabalho será analisado como a empatia pode ser manifestada em corpos não-humanos a partir do conceito de vida artificial na obra Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (1968), procurando compreender o quanto o conceito de empatia apresentado na narrativa é falho e se manifesta como uma forma de restringir e eliminar a existência de corpos não-humanos. Para tanto, será feito uso de pesquisadores como Hayles (1999), Bedau (2007) e Brand (2013) para discutir aspectos conceituais de transumanismo, pós-humanismo e vida artificial.

Biografia do Autor

Luana de Carvalho Krüger, Universidade Federal de Pelotas

Graduada em Letras Português/Inglês e respectivas literaturas em 2017 pela Universidade Federal de Pelotas. Mestra em Letras – Literatura Comparada pela Universidade Federal de Pelotas. Doutoranda em Letras – Literatura, cultura e tradução pela mesma instituição. E-mail: luana-kruger@hotmail.com.

Eduardo Marks de Marques, Universidade Federal de Pelotas

Professor Associado da Universidade Federal de Pelotas, doutor em Australian Literature and Cultural History - University of Queensland (2007) e pós-doutorado em Estudos Literários, ênfase em Teoria Literária pela Universidade Federal de Minas Gerais (2014). E-mail: eduardo.marks@ufpel.edu.br.

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Publicado

2021-02-25