Missivas pessoais, memória e arquivo: uma reflexão
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2021.e73712Resumo
Este artigo pretende evidenciar a correspondência como elemento de resgate e preservação da memória cultural e literária de Mário Matos e Gilberto de Alencar. Este lote de cartas está centrado nas redes de sociabilidade que os missivistas mantiveram por meio de 13 cartas enviadas por Matos entre 1945 e 1957. Busca-se, com esta reflexão, promover a imagem dos escritores mineiros, conservar vivas as suas obras e divulgar seus posicionamentos socioculturais a fim de alcançar uma significativa repercussão de suas produções junto ao público leitor. Este material epistolográfico encontra-se sob a custódia do Museu de Arte Murilo Mendes – MAMM, administrado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, depositada no Acervo da Família Alencar, no Fundo arquivístico do titular Gilberto de Alencar.
Referências
ALENCAR, Gilberto de. Reminiscências de Juiz de Fora. Ilustração Brasileira, ano XLI, n. 182, p. 32, jun. 1950.
ARTIÉRES, Philippe. Arquivar a própria vida. Estudos históricos. Rio de Janeiro: CPDOC, v. 11, n. 21, 1988, p. 1-216.
BARROS, José D’Assunção. Fontes históricas: revisitando alguns aspectos primordiais para a pesquisa histórica. Mouseion, n. 12, maio/ago. 2012.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2016. 320p.
BERGSON, Henri. Da sobrevivência das imagens. A memória e o espírito. In: Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. Tradução Paulo Neves. 4. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. p. 155-208.
COMPAGNON, Antoine. A era das cartas. Belo Horizonte: UFMG, 2019, p. 25.
COOK, Terry. Arquivos pessoais e arquivos institucionais: para um entendimento arquivístico comum da formação da memória em um mundo pós-moderno. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 11, n. 21, 129-149, 1998. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2062 Acesso em: 28 abr. 2020.
GALVÃO, Walnice Nogueira. A margem da carta. Teresa. Revista de literatura brasileira. São Paulo: USP, 2008.
MATOS, Marco Aurélio. Meu pai, meu pai! Suplemento Literário do Minas Gerais, Belo Horizonte, ano II, n. 70, p. 3, 30 dez. 1967.
MATOS, Mário. Machado de Assis: o homem e a obra – Os personagens explicam o autor. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1939. (Coleção Brasiliana, 5ª série da Biblioteca Pedagógica Brasileira, vol. 153).
MATOS, Mário. [carta] 09 maio 1939, Belo Horizonte [para] ALENCAR, G. Juiz de Fora. 2f.
MATOS, Mário. [carta] 12 maio 1946, Belo Horizonte [para] ALENCAR, G. Juiz de Fora. 1f.
MATOS, Mário. [carta] 21 mar. 1954, Belo Horizonte [para] ALENCAR, G. Juiz de Fora. 4f.
MATOS, Mário. [carta] 12 nov. 1956, Belo Horizonte [para] ALENCAR, G. Juiz de Fora. 4f.
MULLER, S.; FEITH, J. A.; FRUIN, R. Manual de arranjo e descrição de arquivos. 2. ed. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional. 1973. 136p.
NAVA, Pedro. Balão cativo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1977.
POLLAK, Michael. Memória e identidade social. In: Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992. p. 200-212.
SALLES, Cecília Almeida. Crítica genética: fundamentos dos estudos genéticos sobre o processo de criação artística. 3 ed. São Paulo: EDUC, 2008.
SANTO AGOSTINHO. As confissões. Tradução. Frederico Ozanam Pessoa de Barros. Rio de Janeiro: Ediouro (Coleção Universidade de Bolso, v. 3. 1993), [entre 397 e 401.d.C].
SANTOS, Matildes Demétrio dos. Ao sol carta é farol: A correspondência de Mário de Andrade e outros missivistas. São Paulo: Annablume, 1998.
SOUZA, Adalberto de Oliveira. Crítica genética. In: BONNICI, T.; ZOLIN, L.O. (Org.). Teoria Literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3 ed. Maringá: EDUEM, 2009. p. 287-300.
VASCONCELLOS, Eliane. Carta missiva. Remate de Males. Campinas: UNICAMP, v. 18, p. 61-70, 1998. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8636136. Acesso em: 08 maio 2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados na outra travessia passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.
Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.