Poetas à beira do burburinho da rua: Mário de Andrade lê e escreve Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2023.e98137Palavras-chave:
Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, Sociabilidade, CidadeResumo
O objetivo deste artigo é estudar as ressonâncias da resenha “A dança das horas” (1919) sobre o livro homônimo de Guilherme de Almeida, escrita por Mário de Andrade, em poemas de Pauliceia Desvairada (1922). A hipótese aventada é a de que a elaboração da imagem do poeta que dentro de casa observa a rua é produtiva tanto para a poesia de Mário de Andrade, quanto para os critérios que reunirá mais tarde em seus artigos sobre literatura, notadamente naquele em que analisa a poesia de Manuel Bandeira.
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