Mia Couto e a poética da diversidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2024.e98406Palavras-chave:
diversidade, pluriverso, identidade, rizoma, errânciaResumo
A leitura que aqui se propõe de O mapeador de ausências e de Terra sonâmbula, do autor moçambicano Mia Couto, tomará como motus hermenêutico uma variedade de epígrafes que emolduram as duas narrativas e que indiciam o que a teoria pós-colonial, aquela sobretudo enunciada pelo martinicano Édouard Glissant e pelo camaronês Achille Mbembe, entende por poética da diversidade. Isso significa dizer que o sujeito moçambicano que se encena em Mapeador de ausências e em Terra sonâmbula é aquele atravessado e habitado pelo Diverso, mergulhado uma errância que institui o diálogo entre o Eu e o Outro.
Referências
COUTO, Mia. O fio das missangas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
COUTO, Mia. O mapeador de ausências. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
COUTO, Mia. Repensar o pensamento. Entrevistas. 29 de maio de 2015. https://www.miacouto.org/repensar-o-pensamento-fala-de-mia-couto-no-fronteiras-do-pensamento-2012/. Acesso em: 26 de jan. de 2024.
COUTO, Mia. Terra sonâmbula. Lisboa: Editorial Caminho, 1992.
DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34, 2011.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vagalumes. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2011.
GLISSANT, Édouard. Introduction à une poétique du divers. Paris: Gallimard, 1996.
GLISSANT, Édouard. Introdução a uma poética da diversidade. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2005.
GLISSANT, Édouard. Le sang rivé / préface de Jacques Berque. Paris: Gallimard, 1983.
GLISSANT, Édouard. L’intention poétique. Paris: Editions du Seuil, 1969.
MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona, 2017.
MBEMBE, Achille. Sair da grande noite: ensaio sobre a África descolonizada. Luanda: Mulemba, Mangualde: Pedago, 2014.
PASOLINI, Pier Paolo. O vazio do poder na Itália [artigo dos vagalumes]. Escritos corsários. São Paulo: Editora 34, 2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados na outra travessia passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.

Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.