Análise morfológica e variações fenotípicas observadas na glândula ácida em operárias de Apis mellifera L. (1758) africanizadas (HYM.: Apidae) na região de Dourados – Mato Grosso do Sul, Brasil
Resumo
Em Apis mellifera a glândula ácida pode apresentar bifurcação apical. É composta por células secretoras que circundam um canal que desemboca num reservatório sem musculatura. Procurou-se avaliar a morfologia da glândula em operárias de colônias geneticamente distintas, quanto à presença e tamanho da ramificação; comprimento do ducto principal; comprimento do reservatório até a ramificação e o comprimento total glandular. Observou-se que a presença da ramificação variou de 30% a 76% com X = 59 ± 11,5% e seu comprimento de 0,13mm ± 0,24mm a 1,03mm ± 1,54mm e X = 0,53 ± 0,27mm; a variação do tamanho do ducto principal foi de 5,97mm ± 1,61mm a 20,95mm ± 6,66mm e X = 12,3 ± 5,7mm; e do reservatório até a ramificação de 5,52mm ± 1,84mm a 19,53mm ± 6,42mm com X = 11,42 ± 5,31mm, e o comprimento glandular total ficou entre 6,22mm ± 1,60mm e 21,98mm ± 7,40mm e X = 12,86 ± 5,88mm. Evidenciou-se grande variabilidade fenotípica. As amostras apresentaram ramificação em pelo menos 30% dos indivíduos, sendo essa característica, considerada de primitividade. Entretanto, glândulas sem ramificação sugerem evolução nesse sentido para esse caráter nas abelhas da região. Quanto às características genéticas da glândula, 31% das colônias apresentam operárias com glândulas de veneno pequenas: genótipo homozigoto recessivo gm1gm1 e gm2gm2; em 69% as operárias apresentaram glândulas grandes em heterozigose Gm2gm1 e homozigose dominante Gm1Gm1, Gm2Gm2. Esses resultados indicam concentração de abelhas com glândula ácida grande na região, favorecendo um processo de seleção para a produção de veneno.Downloads
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