Influência de esquemas de irrigação salina no crescimento vegetativo e reprodução de diferentes progênies de aspargos marinhos Salicornia neei Lag.

Autores

  • Kennia Brum Doncato Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
  • César Serra Bonifácio Costa Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2022.e84731

Resumo

A Salicornia neei é utilizada como vegetal fresco em cozinhas gourmet e alimentos industrializados, bem como na alimentação animal. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes regimes de irrigação de água salina sobre o crescimento vegetativo de progênies F3 e F4 de novas linhagens de S. neei (BTH1 e BTH2). Vinte plantas por progênie foram irrigadas com 375 L de água salina da carcinicultura a cada dois (T2) e quatro (T4) dias em canteiros. Esses esquemas de irrigação foram quantificados como 249% e 151% do potencial de evapotranspiração estimada do período de estudo (670 mm), respectivamente. Os dados foram analisados por ANOVA. BTH2-F4 exibiu o melhor desempenho vegetativo e uma biomassa média da parte aérea fresca de 201,2 ± 17,1 g. O tempo médio para o início da floração foi mais cedo e o investimento em estruturas reprodutivas foi maior (representando 54-62% da biomassa total da parte aérea) para as progênies BTH1 do que BTH2 (14,6-16,7 semanas; 26-42% da biomassa total da parte aérea). A irrigação a cada quatro dias beneficiou a altura dos caules e atrasou o florescimento de ambas as linhagens, mas não afetou a produção de biomassa da parte aérea. Em conclusão, as plantas BTH2-F4 apresentaram melhor desenvolvimento entre as progênies e maior altura do caule sob irrigação a cada quatro dias.

Biografia do Autor

Kennia Brum Doncato, Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA

Possui graduação em Aquicultura pela Universidade Federal do Pampa, UNIPAMPA (2013), mestrado em Aquicultura pela Universidade Federal do Rio Grande, FURG (2015), doutorado em Aquicultura pela Universidade Federal do Rio Grande, FURG (2020) e pós-doutorado no International Center for Biosaline Agriculture, ICBA (2021). Tem experiência em biomonitoramento, tratamento de efluentes e produção de plantas halófitas.

César Serra Bonifácio Costa, Universidade Federal do Rio Grande

Possui graduação em Oceanologia pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1983), mestrado em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1987) e PhD in Biological Sciences - University of East Anglia (1992). Atualmente é Diretor do Instituto de Oceanografia e Professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Tem experiência na área de Oceanografia Biológica e Aquacultura Marinha, atuando principalmente nos seguintes temas: biotecnologia de halófitas, fitorremediação de ambientes costeiros, ecologia de marismas e dinâmica populacional de plantas halófitas costeiras.

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Publicado

2022-02-24

Edição

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Artigos