A questão da liberdade nos processos de reforma psiquiátrica Italiana: entre a resistência e os modos de governo liberal

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Arthur Arruda Leal Ferreira
Karina Lopes Padilha
Miriam Starosky

Resumo

A partir do trabalho genealógico de Foucault sobre as práticas de governo, entendidas como formas de condução da conduta alheia, abre-se um campo possível para o estudo do surgimento e das transformações dos saberes psicológicos e psiquiátricos. Aqui teríamos dois marcos: 1) no século XVI, surgem técnicas de governo baseadas no disciplinamento, o “Estado de polícia”; e 2) no século XVIII novas tecnologias de governo em referências liberais. Neste último marco, a psicologia passa a ter especial importância no século XX, atuando especificamente em sociedades democráticas. Não somente através da disciplinarização dos indivíduos, mas principalmente através da liberdade e da atividade destes. Nosso objetivo é avaliar as práticas e conceitos de cidadania e liberdade no contexto de alguns processos de Reforma Psiquiátrica, especialmente a italiana e a brasileira. Para tal, sustentamos a hipótese de que co-existem neste campo não apenas os antigos dispositivos disciplinares e a resistência a estes, mas modos liberais de gestão. 

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Como Citar
FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PADILHA, Karina Lopes; STAROSKY, Miriam. A questão da liberdade nos processos de reforma psiquiátrica Italiana: entre a resistência e os modos de governo liberal. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 4, n. 10, p. 12–29, 2013. DOI: 10.5007/cbsm.v4i10.68752. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/68752. Acesso em: 27 abr. 2024.
Seção
Artigos originais