Limites e desafios da rede de atenção psicossocial na perspectiva dos trabalhadores de saúde mental
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Resumo
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi instituída pela portaria GM 3.088 de dezembro de 2011. Ela cria, amplia e articula pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento psíquico e/ou com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas no sistema do Sistema Único de Saúde. A partir desse contexto, este artigo tem como objetivo conhecer os limites e desafios da implantação da RAPS em uma cidade no estado de Santa Catarina na perspectiva dos profissionais. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratória. Utilizou-se entrevista semi-estruturada de dois profissionais de saúde e análise documental oriundo do Seminário "Práticas Inovadoras em Atenção Psicossocial", que ocorreu nos dias 13 e 14 de novembro de 2013 na Universidade Federal de Santa Catarina. Os dados foram categorizados e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. A implantação da RAPS veio consolidar e potencializar a rede de saúde e a intersetorialidade, contribuindo dessa forma para o contínuo processo de construção da reforma psiquiátrica no Brasil. Percebe-se que a RAPS é construída pelo modelo psicossocial, uma vez que é um passo importante para o caminho da reforma psiquiátrica e ela reforça a corresponsbilização entre os serviços, a clínica ampliada e a integralidade. No entanto, faz parte dela serviços que estão capacitados pela lógica biomédica como o SAMU, as Comunidades Terapêuticas e a despotencialização de alguns serviços como os CAPS.
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